quarta-feira, 6 de junho de 2012

Silênco




Caminhava despido
Despojado das vestes
Mas coberto pela imortalidade
Do silêncio .

Silenciosamente seu rosto 
Entrava-me pelos olhos
Como se quisesse pertencer-me
Invadindo-me a alma.
Sombriamente 
Continuou o seu caminho
Desaparecendo na multidão.

Por vezes sinto a sua próximidade.
Arrepio-me e peço-lhe:
Toca-me uma só vez,
Depois , só depois...
Poderei pedir-te perdão.

Antes do silêncio 
Da mortalidade da minha voz! 

(eu)

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