quinta-feira, 26 de julho de 2012

Reconstrução de Mim



Sinto em gemido a percorrerem-me o corpo
Palavras que não se calam e me atormentam
Como se se quisessem eternizar no tempo.
Entoam em raios de sol na permanência imutável
De uma luz derramada sobre os meus dedos febris.

Solta-se a dor e fragmenta-se em pedaços
Que minhas mãos não conseguem agarrar.
Esvai-se o pensamento e meus olhos elevam-se, 
O céu abre-se  sobre o meu rosto dolorido e
Ensanguentado do tempo que o esmagou.

Tremem-me as mãos e o corpo continua a soluçar
Na procura incessante de palavras 
Capazes de reconstruirem  o mundo.

Esperança vã de momentos insolúveis
Nas águas atribuladas 
Que percorrem a imaginação humana.
Do alto recebo a luz das estrelas
Em cada dia nos azimutes do meu olhar...

Dentro de mim guardo as imagens
Que meus dedos trémulos não conseguem agarrar.

(eu) 

2 comentários:

  1. Minha querida

    Encontrei-te e como adoro ler-te, tomei a liberdade de seguir para voltar mais vezes.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora (RosaMaria)

    ResponderEliminar
  2. Querida Rosa Maria, grata pelo carinho.Beijinho grande!

    ResponderEliminar