Nada é mais cruel
que esta força
a silenciar-me a voz,
a prender-me os dedos
arrastando pequenos pedaços de luz
colhida pelos meus olhos
[desconstruindo-me o olhar].
Nada é mais cruel
que o silencio do meu coração
sempre que as palavras crescem
e a boca foge-me
sem vontade de as dizer
[na imutabilidade do sonho].
[Lentamente me desconstruo]
e os pássaros nocturnos
tomam conta do meu voo:
desalinham-me os versos
conduzem-me
para campos ensanguentados
em que cada vez mais
me dou conta:
da brevidade das estrelas.
(eu).
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