sexta-feira, 29 de março de 2013

Ela




Ela, tinha olhos cor de rosa e lábios cor de marfim. Pensavam que era deusa. E, todos os dias, lhe pediam mais um milagre. 
Sempre tentou manter o perfume do seu olhar e a preciosidade 
dos beijos que dava ao mundo. 
Só quando, dos seus poros saíram as primeiras gotas de sangue, 
se convenceram da sua natureza humana e tentaram escutar um coração que já não batia.
Aí choraram e maldisseram nunca terem tocado a sua pele. Mas era tarde. 
Ela assumira a sua divindade e entregara-se aos céus.

(eu)

                                                                         
                                                                     

5 comentários:

  1. Um poema para ler e ouvir, na própria voz, ou na entonação do coração. E se, por qualquer eventualidade, alguém se identificar com ele, que prevaleça a lucidez de que, aquilo que a poesia nomeia como abrigo, ou proteção, do voo como forma de fuga, é também, ao mesmo tempo que encontro com a espiritualidade.

    E quanto mais o tempo passa, mais me certifico de que viver é um engano... Voar não.


    Feliz Páscoa Cristina Cebola.

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  2. Muito obrigada Teresa. Entendo na perfeição, a leitura que faz deste texto. Privilégio meu, tê-la como amiga.

    Uma Santa Páscoa para si e para os seus! Beijinho de <3

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  3. lindo amiga, a gente costuma valorizar as pessoas qdo não as temos ao nosso lado, uma pena isso.. amei o texto, parabéns.. queria desejar uma Feliz e Abençoada Páscoa pra ti e pra tua família amiga.. beijos mil e ótimo domingo..

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  4. um poema que é belíssimo e que as fotos ainda vieram enriquecer mais.
    boa semana.
    beijos

    :)

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  5. É bem frequente as pessoas não escutarem nem tocarem suficientemente a pele dos outros antes da sua partida...
    Terrivelmente belo.
    Excelente, minha querida amiga.
    As fotos foram escolhidas a dedo... perfeitas para as tuas palavras.
    Um beijo.

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