domingo, 8 de dezembro de 2013

Promessa



Soubesse-te eu leve,
suave, adocicado, 
nos meus lábios em chama,
deixarias de ser poema
e faria de ti...

Faria de ti livro aberto,
coberto de melodias ancestrais, 
faria de ti o verbo, 
verbo
amantíssimo e secreto.

"Escrituras sapienciais"

E sempre que te beijasse,
não mais sentiria carne,
nem fogo, nem sangue. 
Serias alma ou fôlego 
principio e  fim, 
essência viva
que flui escorreita 
dentro de mim.

porque me resistes tanto,
se apenas queria escrever-te?

(eu)

Imagem: Elena Dudina

10 comentários:

  1. Minha querida Cristina,

    Ai, desta vez, a imagem não me passou despercebida. Exótica e propositadamente "mascarada, "inacessível".
    Eu gosto de coisas deste estilo, ou seja, visível, um tanto "desconhecida", mas apetecível.

    Que poema tão doce, tão bem escrito, tão bem, tão bem... não sei o que hei de mais dizer, não esquecendo as metáforas que o faz "engolir"!
    Se soubéssemos tantas coisas, antes, faríamos, na maior parte dos casos, tudo de outra forma.

    "Escrituras Sapiências" seria o nome dele, do livro, quero eu dizer. Penso que não seria necessária sapiência, porque, na maior parte das vezes, ELES SÃO VERDADEIROS LIVROS ABERTOS. Nós, é que nem sempre damos com o separador/marcador.

    A última estrofe do seu EXTRAORDINÁRIO/SOBERBO poema está "de gritos", mas ninguém os ouve, ninguém os sabe.

    A essência viva que escorreria dentro de si, alimentá-la-ia, sem dúvida, até ao fim, caso fim houvesse nesta "PROMESSA".

    "OS CAVALOS TAMBÉM SE ABATEM" é o nome de um conhecido livro, que tem tanto se sapiência, quanto de tenacidade, persistência e paciência.

    Um dia, liricamente falando, ele cair-lhe-á nas suas mãos, no seu corpo, sem qualquer resistência, nenhuma, e achá-lo-á, POUCO, MUITO POUCO.

    As cartas, lê-las-ão depois a dois, mas não sei se terminarão o primeiro parágrafo de uma. Há mais para fazer e pouco para contar.

    Um domingo divino.

    Beijos da Luz.

    Pode visitar-me, mas não quero, não gostaria que escrevesse nada. Poupe-se, por favor!

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  2. por vezes o resistir, é apenas uma defesa.
    a tua poesia é sempre muito boa.
    e este poema é fabuloso.
    a foto também foi bem escolhida.

    parabéns minha amiga!

    boa semana.

    beijos

    PS:- não tenho conseguido comentar, hoje consegui.

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  3. Muito linda poesia de amor! Bjs e ótima semana!

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  4. Nossa, poema maravilhoso, intenso, ardente. Bjus

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  5. Sem resistência, o amor não sabe tanto...
    Ou seja, promessa sofrida torna o cumprimento mais gostoso...
    Gostei imenso do seu poema, é brilhante.
    Cristina, tenha um bom resto de semana.
    O meu abraço.

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  6. Entre olhares e contra-olhares, pormenores e pormaiores, discorrem mil subtilezas.
    Uma maravilha, Cristina!

    Abraço

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  7. Olá! Maravilhosa poesia Srta! A intensidade é sempre fabulosa! abração

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  8. Olá,
    sua bela poesia entra com realidade, adoro a facilidade com escreve os maravilhosos poemas.
    Abraço
    ag

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  9. It's a very nice poat again....i like that poem

    Compliments Cristina

    Beijos, Joop

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